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Jovem de 21 anos transmite sexo ao vivo pelo facebook e consequências chega rápida

A condenação é parte da titânica luta das autoridades contra a transmissão de material obsceno pela internet



Lin, uma jovem chinesa de 21 anos, moradora da cidade de Chengdu, no sudoeste da China, foi, no dia 23 de novembro deste ano, considerada culpada da acusação de divulgar 31 vídeos obscenos pela internet e sentenciada a 4 anos de prisão. Um desses vídeos foi a transmissão ao vivo através do Facebook de uma orgia. Segundo a acusação, Lin filmou a si mesma e mais três pessoas – dois homens e uma mulher-- mantendo relações sexuais. O vídeo, com duração de dois minutos, e intitulado “Foursome in Chengdu”(“foursome”, entre outras coisas, significa relação sexual envolvendo quatro pessoas), viralizou em março deste ano segundo o site Huanqiu, ligado ao Diário do Povo, maior jornal do país, propriedade do Partido Comunista Chinês e comumente visto como porta-voz do regime comunista local. O título do vídeo logo se tornou uma das buscas mais realizadas nos mecanismos de busca da internet chinesa. Além disso, o vídeo foi amplamente disseminado pelas plataformas de mídia social do país asiático.
O caso chamou a atenção de autoridades policiais encarregadas de policiar o uso da internet, que identificaram uma das participantes do vídeo como a “live-streaming host” (alguém que transmite ao vivo pela internet) que agia sob o nome “Sherry Gun”. Sob este nome artístico, a jovem transmitia para seus mais de 40.000. fãs vídeos de sua rotina e atividades através de plataformas de mídia social e aplicativos. A jovem foi presa quando voltava para casa, depois de uma viagem a Dubai, nos Emirados Árabes Unidos. Segundo a imprensa chinesa, Lin e outros dois suspeitos, identificados como Li e Wang, todos menores de 22 anos e de famílias abastadas, confessaram sua culpa e disseram ter feito o filme com o objetivo de atingir a fama.
Na China, o negócio de transmissão ao vivo de conteúdo audiovisual é gigantesco. Existem mais de 200 sites e aplicativos dedicados ao gênero, atraindo cerca de 200 milhões de espectadores. Segundo as autoridades, Lin conseguiu 75 mil yuans (cerca de 38.000. reais) com seu negócio. Além da pena de prisão, Lin foi multada em 100 mil yuans (cerca de 50.000. reais) e teve seu computador e celular confiscados.
Com a explosão da transmissão de conteúdo audiovisual pela internet, as autoridades chinesas estão se vendo diante da necessidade de novas medidas e da aplicação dura da legislação em um luta hercúlea para reprimir a transmissão de conteúdo obsceno. Segundo relatos, o Ministério da Cultura do país proibiu em maio deste ano que os “live-stream hosts” comessem bananas de uma maneira sedutora. 

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